segunda-feira, 8 de outubro de 2018

MARY STUART

Boa noite, queria deixar com vocês um pedacinho da história de uma mulher que considero incrível, talvez o que nos foi mostrado na história seja mentira sobre o que realmente aconteceu, mas mesmo assim a história é interessante. A pessoa de que estou falando é Mary Stuart, rainha dos escoceses. 
Tudo se inicia com o romance amargurado entre dois países, Escócia e Inglaterra.  Esta história é extensa, chega a doer os olhos.  Por isso tentarei resumir.
Existia no passado um território que se chamava Grã-Bretanha, uma junção entre os países que atualmente são: Escócia, Inglaterra, Irlanda e Gales, ou seja, o Reino Unido.
Desde que ouvimos e nos informamos sobre a História, sabemos que a maioria dos países foram invadidos e desrespeitados, com a Escócia não foi diferente, houve invasões do Império Romano, dos Saxões e dos Vikings desde seu surgimento que data em 843 d.C.
Mas ao passar dos séculos, o país enfrentou a Inglaterra com força. A casa dos Stuarts foi a resistência que mais me chamou atenção. Em 1297 o rei inglês Eduardo I pretendia coroar alguém que pudesse controlar na Escócia, no entanto os escoceses não permitiram. Houve guerras no cenário político para que o país tentasse impor independência, este quadro político somente se estabeleceu com a entrada dos Stuarts ao trono escocês.  
Em 1503 um rei chamado Jaime IV, da Escócia, se casa com uma inglesa chamada Margarida Tudor. Juntos os dois têm um filho que o nomeiam de Jaime V. Tudo estava ás mil maravilhas, até que o tio de Margarida Tudor assume o trono da Inglaterra e o doido do Jaime IV, em uma tentativa frustante, declara independência de seu país, mas é derrotado e assassinado em 1513. 
Este tio de Margarida Tudor inicia uma  perseguição aos descendentes de Jaime IV, por que ele foi um traidor perante a coroa e na época os traidores eram mortos e sua família inteira era renegada ou assassinada. No entanto, Jaime V consegue escapar das perseguições e em 1538 casa-se com Maria de Guise, da casa dos Valois. Assim, em 1542, Maria de Guise dá a luz a uma menina e a nomeia de Mary Stuart. 
Na minha opinião Mary não tem uma vida muito feliz, mas como dizem, nenhum monarca era completamente feliz. Talvez você indague, caro leitor, que a vida de um monarca era repleta de luxos e nessa questão você terá razão, mas tente lidar com questões políticas, países querendo invadir, casamentos sem amor, guerras civis, conflitos religiosos e outros. A vida até poderia ser luxuosa, mas o psicológico era desestruturado.  
Mary se casou em 1558, para reforçar a aliança feita com a França, com o príncipe Francisco II. Com a morte de seu marido, dois anos depois do casamento, Mary retorna a Escócia para assumir o trono. Ela se casa novamente em 1565 com o primo, Henrique Stuart. Ambos eram aspirante ao trono inglês, ainda mais depois que Mary deu á luz a um filho.
Com esta informação, focamos na Inglaterra, no momento a rainha era Elizabeth I, filha de Henrique VIII e Ana Bolena. Os nobres não aceitavam a coroação de Elizabeth, pois houve relatos de que sua mãe havia se deitado com o próprio irmão e que ela havia sido concebida desta relação, mesmo com essas acusações, Elizabeth foi coroada, mas Mary era um risco, pois era sua prima e poderia reivindicar seu trono. 
Mas pelo conceito de amor e o que pode provocar nas pessoas, Mary se casou novamente três meses depois da morte do segundo marido, em 1567, com o conde de Bothwell. Por causa do amor, ambos foram acusados pelos nobres de matar Henrique Stuart. 
Na época, existia uma forte disputa entre o catolicismo e o protestantismo ( a situação era bastante parecida com as eleições deste ano á presidência do país), um protestante influente, chamado John Nox pretendia estabelecer sua religião em todo o país, sendo Mary uma Católica, ambos tiveram alguns conflitos religiosos. Por causa disso, seu reinado se enfraqueceu parcialmente. 
A partir desta colocação na história, há várias pontas soltas, pois alguns dizem que Mary abdicou do trono voluntariamente á favor do filho Jaime VI, refugiando-se na Inglaterra, onde sua prima a manteve prisioneira por 20 anos até executa-la. Outros dizem que Mary continuou no poder até sua prima, com medo de perder a Inglaterra, arranja provas de seu adultério e a faz prisioneira por 54 anos até executa-la. 
Ao meu ver, Elizabeth tinha medo, inveja e raiva. Executar Mary seria realmente a única opção?
Por que não exilar Mary para poder ser feliz ao lado de quem amava? 
O ódio de Elizabeth por sua prima foi tão cruel e desnecessário, já que Mary saiu ganhando, pois seu filho reinou sobre a Inglaterra e a Escócia, depois que Elizabeth morreu sem herdeiros. 
Enfim, como o texto está ficando grande, encerro por aqui, afirmando que somente saberemos o que aconteceu se existisse a tão mencionada máquina no tempo. 
Se algum ponto ficou confuso para você, pesquise sobre as ''Rainhas Trágicas'' do autor Renato Drummond Neto, ele explica muito bem cada detalhe da história.

''Todos morremos, a questão é o que defendemos enquanto vivemos''. Mary Stuart - série Reign.  

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